domingo, 7 de novembro de 2010

Eu espero que entenda.

E então ela está olhando para baixo enquanto conversa comigo. Nossos passos estão mais lentos e nós amadurecemos muito desde a nossa ultima conversa deste tipo. Os pontos de vista estão sutilmente mas drasticamente inclinados ás nossas novas crenças e ideais.
Ela diz que pretende comprar uma casa em cerca de 2 ou 3 anos porque está sendo sufocada e pressionada a realizar as vontades de seus pais, eles estão fazendo planos por ela sem que ela lhes dê a sua opinião. Ela diz que seus relacionamentos são traumáticos e confusos, e que ás vezes se sente traída pelas pessoas que ama. Diz que odeia dias chuvosos, Sushi e qualquer coisa que se coma gelado. Diz que já pensou em dar um fim “antecipado” a sua vida, diz que não sabe o que quer fazer da sua vida. E ela se cala. Eu respiro fundo e penso em abraça-la, penso em dizer algo esperançoso, penso em contar uma piada mas logo penso que não. Eu espero alguns minutos enquanto ela chora ao meu lado e “Se eu ao menos soubesse o que fazer com suas palavras” é a única coisa que saí da minha boca.

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