domingo, 16 de maio de 2010

Triste Violeta Celeste.

Coloque sua Blusa porque o sol logo, vai embora também e o vento frio vai se encarregar da nossa pele. Abaixo do limite, eu nunca estive lá.
Se eu cair em silêncio você vai me deixar chegar ao chão? Não posso falar uma palavra sem que escape o peso de meus sentimentos. E na caixinha de música a Bailarina dança sozinha porque se encantou com sua própria amargura.

Eu me deixei atingir para ver até onde eu iria, e eu caí dois passos depois. Como posso aconselhar quando sou eu quem mais precisa disso?
Pude tocar seu peito e procurar lá dentro seu âmago, mas encontrei um enorme Iceberg. Então apenas restaram palavras duras de auto-critica, depois da jornada. Quando melodia parar vou voltar para a cama, e tentar recuperar o sonho que perdi antes de acordar. Quem sabe a Lua não me faça companhia, durante meu sono solitário?

A intensidade de sua voz, queimou com violência meu coração.

sábado, 8 de maio de 2010

Humor Nublado.

É, talvez eu não seja digno de chorar. Pode ser que eu tenha que sorrir caso me sinta para baixo e que tenha que fingir estar bem quando sei que não estou. Logo eu que tenho todos os itens necessários para isso na sacola do mercado, que pensei ter conquistado o direito de me sentir como quiser. E se eu estiver sufocando sua vida com minhas conversas sérias, talvez eu esteja chateado comigo mesmo. É apenas minha a culpa de tudo ter sido falho. E eu sei que no fim você vai me culpar e meu senso de defesa vai me isolar de todo o resto, mas então porque eu continuo sorrindo quando não é o que quero?
Isso faz de mim uma pessoa derrubada e realista? Espero que não, porque nada me prende nesse mundo real. Faria mais sentido ter me deixado pensativo enquanto meu Café esfriava sobre a mesa. Se eu te contasse que hoje não queria ter acordado, você não me pediria nenhuma explicação? E se eu te falasse sobre as coisas que eu odeio e nem sequer muitas delas conheço?

Pode parecer que estou me culpando, mesmo que eu não saiba se estou no fundo. Minha dignidade foi consumida em alguns comentários e eu não sei o que fazer para me sentir bem. O que fazer com esse sentimento improdutivo que continuo cultivando?

Mesmo que eu esteja sem vida, prometo que serei generoso e te compensarei com um sorriso.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Querida.

Fique calma, eu prometo que tudo vai acabar nessa noite. Após tantos anos de esquecimento, repousando em algum lugar da sua mente acho que merecemos nosso descanso.
E quando acordar não restarão lágrimas para chorar, porque nós secamos todas elas. Pode fechar seus olhos sobre meus ombros, eu vou ficar aqui para sempre.
Nenhum frio vai invadir nosso sono porque temos muito mais do que paz, temos um ao outro. Eu prometo nunca dizer adeus, apenas boa noite.
Boa noite, nunca adeus.

Inspirado no filme: "Diário de uma Paixão"

sábado, 1 de maio de 2010

Poesia Pagã.

Estava perto de mim.
Tão perto que podia sentir seu cheiro.
Tão perto que conseguia ver as cores de seus olhos.

Eu escondi meus olhos, tentado não demonstrar a vergonha que me devorava apor dentro. Desta vez não estou apenas lamentando meu amor. Eu finalmente soube que não era um sonho. Era poético, mas real. Era desconhecido e gélido, mas meu.
Sem sonhos. Nada que o verdadeiro amor não possa desfazer.

Tocou minha mão.
Eu suspirei, acordado.
O frio foi derretido com seu toque.

Apesar de todo o resto ter se tornado um borrão, eu não vi seus passos se aproximando. Mas de alguma maneira sabia quando já poderia olhar para cima. Ouvi um abafado cumprimento, na ascensão de toda a felicidade. Eu me perdi de toda a realidade, e não me importo que pareça insano. Ninguém vai me dizer que é um sonho se eu continuar dormindo. Acordado. Eu estou sonhando acordado?

Não estarei sozinho se seu olhar estiver comigo.

Réquiem.

Outono.
Como pode a frieza de seu dia, congelar meu coração através do meu peito?

Podemos manipular as coisas à escolha alheia, mas isso é o que queremos? E depois de tanto tempo, se eu te contasse que eu ainda guardo isso comigo, por alguma razão você me odiaria até o dia de sua morte. Não tenho duvidas sobre o quão perigoso pode ser, mas temos que tocar o fogo para saber o quanto vai nos machucar, e eu estou tentando.
Depois de toda a euforia, nunca vale a pena. O resto é apenas um desperdício gigantesco de sonhos e sangue.

Ás vezes é mais fácil juntar todas as dores em uma só, para poder recomeçar me disseram: “que o melhor a fazer é esquecer”, mas eu discordo.
Ainda sim espero que o Sol venha e ilumine as coisas que não consigo ver. De que adiantaria viver se não fosse para lamentar um coração partido.

Nenhum amor vivido será o bastante para esquecer, as cicatrizes. Apesar disso, acho que tenho que me render a você, e a esse amor desta vez.