quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Meu Coração Desonesto.

Mais alguns meses. Mais alguns dias, ou algumas horas. E então eu teria varrido para debaixo do tapete estas memórias.
Ouviam se batidas aceleradas, mas apenas duas pessoas sabiam exatamente de onde vinha o barulho, sendo que fui eu quem contei para a segunda pessoa. Eu dormia, quando conseguia dormir, e acordava com o mesmo pensamento pulsante na minha cabeça. Eram nossas mãos juntas, num ato simbológico. Almas unidas. Um misto de sentimentos. Promessas, escolhas que teriam de ser separadas, simplesmente pelo fato de serem as mesmas para as duas pessoas.
Está no movimento dos lábios dos franceses, e está nos medos superados pela esperança. Está na palma da mão da pessoa que você ama, está no cheiro, na respiração calma e está também nos lábios.
Com certeza nem todos os que dizem sentir, sentem. E vice-versa. Pessoas amam cachorros, e cachorros amam comer. Entende? Você ama alguém e alguém, ás vezes, ama uma outra pessoa. Mas isso é um fato isolado, e não pode ser levado em conta quando se trata de sensações. O importante é amar. Ser amado é um consequência positiva disso. Nós podemos amar a nós mesmos ou pessoas que não deveríamos amar, o outro ou similares a nós. Ainda é amor.
Não precisa ser dito, mas faz bem quando é declarado. Não precisa que demonstre, mas quem sente demonstra inconsequentemente. Vive após a morte, não como espirito, como sentimento. Disso eu não sei muito, o pouco que conheço foi de uma ou duas vezes que cruzei com meu coração. Poucas vezes nos desentendemos, por que eu sou autoritário e ele é submisso. Mas uma coisa é certa, enquanto eu jogo limpo, ele é desonesto.